As senhas são a primeira linha de defesa para proteger toda a vida online: saiba como você pode identificar se seus códigos precisam ser atualizado
As senhas são a primeira linha de defesa para proteger toda a vida online: e-mails, bancos, compras, redes sociais e inúmeros sistemas que processam informações de trabalho, financeiras, familiares e as de cunho pessoal.
Cientes de que muitas pessoas nunca mudam seus códigos e os reutilizam para evitar criar uma infinidade de credenciais, os cibercriminosos conseguem burlar essa barreira de segurança, acessando todos os detalhes da vida digital do indivíduo.
Aqui vai uma lista de dicas para você saber se é hora de trocá-las. Caso se identifique com as características abaixo, fique atento:
– Reutiliza a mesma senha para mais de uma conta. Esta prática deixa o usuário vulnerável, pois basta o hacker descobrir um código para ter acesso a todos os serviços da vítima, facilitando que os mesmos sejam comprometidos. A nossa recomendação é que cada serviço importante tenha uma senha totalmente única. Realizar pequenas variações, como “Paris1”, “Paris2”, “Paris3”, também não é o ideal, pois os criminosos testam esse tipo de mudança quando não conseguem ter sucesso na primeira tentativa.
– Não se lembra a última vez que trocou todas as suas senhas. O ideal é que elas sejam alteradas a cada 90 dias, e muitas empresas estabelecem essa prática, pois isso reduz os riscos de um incidente de segurança. Se, durante a pandemia, você está digitando o mesmo código para acessar a Netflix, Spotify, Internet Banking e suas redes sociais, é hora alterá-la – lembrando-se a dica 1.
– Suas senhas são comuns ou usam informações pessoais que podem ser adivinhadas com facilidade. Data de aniversários, nomes dos animais de estimação ou times esportivos podem parecer ser boas ideias para criar senhas, mas essas informações são constantemente compartilhadas nas redes sociais e por isso não devem ser usadas. Isto inclui também sequências do teclado, como “123456” ou “qwerty”, pois os criminosos já conhecem esses “atalhos”.
– Um dos serviços que você usa sofreu um vazamento de dados e sua senha está exposta na internet. Em 2021, o Facebook estava com um erro em seus servidores que permitiu a exposição de milhões de senhas para os funcionários da empresa. Como consequência, todos os usuários da plataforma passaram a ficar vulneráveis. Quando casos como este acontecem, é necessário alterar a senha imediatamente.
– Suas senhas estão salvas no navegador, bloco de notas ou no computador/notebook. As funções de autocompletar e “salvar minhas credenciais” facilitam o acesso aos serviços e plataformas, mas essas funções não têm mecanismos de proteção. Elas basicamente “escrevem” todas as senhas em um arquivo de texto – uma prática que muitos fazem de maneira manual. O problema é que se há um acesso não-autorizado no dispositivo (uma infecção por malware, por exemplo), os criminosos verificam se há senhas salvas para poder realizar fraudes. Como é difícil saber se houve um acesso físico não autorizado ou se o equipamento está infectado, apague todos os registros salvos e altere as combinações para garantir que elas sejam únicas e confidenciais.
Para criar senhas fortes e únicas, nossos especialistas recomendam ainda:
– Use senhas com letras, números, símbolos e variações em maiúsculo e minúsculos. O ideal é que elas tenham 15 caracteres. Use um serviço para verificar se a sequência é forte, como o site Kaspersky Password Checker.
– Para facilitar a memorização, use uma “cadeia estática” Neste caso, a sugestão é pegar uma frase importante para você e criar uma sequência única com as primeiras letras de cada palavra, adicionando números e símbolos no lugar. Como “Bqn&9c”, baseado na popular canção de ninar “batatinha quando nasce, esparrama pelo chão“. Para permitir variações, selecione um cantor ou banda para cada serviço importante e use suas letras para alterar a senha de tempos em tempos. Exemplo: o cantor “A” será sempre a senha do banco, a banda “B” o código do e-mail e o grupo “C” a combinação para as redes sociais.
– Considere usar um gerenciador de senhas, como o Kaspersky Password Manager. Diferente do bloco de notas ou das funções de autocompletar, esses programas usam tecnologias para proteger as informações armazenadas neles – o que impede o acesso não autorizado. E para usá-lo, você só precisa memorizar uma senha-mestre, e o programa ainda fará o trabalho de criar combinações únicas para você.
- Informações retiradas do Blog Kaspersky Daily.
- Créditos: nathaliasica